quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Institutos e Associações de Pesquisa em Ciências Sociais

Institutos e Associações de Pesquisa em Ciências Sociais


Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais (ANPOCS)

Associação Brasileira de Antropologia (ABA)
Associação Brasileira de Ciência Política (ABCP)
Sociedade Brasileira de Sociologia (SBS)
Conselho Latino-americano de Ciências Sociais (CLACSO)
International Sociological Association (ISA)
International Political Science Association (IPSA)
Asociación Latinoamericana de Antropología (ALA)

Asociación Latinoamericana de Ciencia Política (ALACIP)

Asociación Latinoamericana de Sociología (ALAS)
Asociación Latinoamericana de Sociología del Trabajo (ALAST)
European Association of Social Anthropologists (EASA)
European Confederation of Political Science Associations (ECPSA)
European Sociological Association (ESA)
Associação Portuguesa de Antropologia (APA)
Associação Portuguesa de Ciência Política (APCP)
Associação Portuguesa de Sociologia (APS)
Association Internationale des Sociologues de Langue Française (AISLF)

Association Française des Anthropologues (AFA)
Association Française de Sociologie (AFS)
Association Française de Science Politique (AFSP)
American Anthropological Association (AAA)
American Political Science Association (APSA)
American Sociological Association (ASA)
Society for Applied Sociology (SAS)
Sociólogos Sin Fronteras/Sociologists Without Borders (SSF)

Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI)
International Social Science Council

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

50 Links de Sociologia e Religião

50 Links de Sociologia e Religião

1. Sociedade Brasileira de Sociologia - http://www.sbsociologia.com.br/

Na página existem informações sobre a diretoria da SBS, seus sócios, publicações, revistas, congressos, bibliografias sobre sociologia.
 

2. Sociologia.de - http://www.sociologia.de/soc/br/index1.htm

- Página multilíngue de Sociologia e Ciências Humanas com seção em português. Biblioteca virtual, acesso a textos clássicos, jornais eletrônicos e notícias.
A Revista de Sociologia e Política é uma publicação semestral da área de Ciência Política do Departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal do Paraná. Aberta ao debate científico, a Revista é um veículo pluralista de divulgação dos resultados de pesquisa substantiva de sociólogos e de cientistas políticos. Publica, preferencialmente em português – mas também tem sua versão em espanhol -, artigos originais e resenhas críticas de obras recém-editadas.
4. Sociologia – Problemas e práticas - http://sociologiapp.iscte.pt/
Fundada em 1986, Sociologia, Problemas e Práticas é uma revista do CIES Centro de Investigação e Estudos de Sociologia do ISCTE Sociologia cuja vocação principal é a publicação de trabalhos de investigação sociológica. Tem como objetivo tornar conhecida e utilizável investigação de qualidade sobre a sociedade portuguesa, sobre outros contextos com ela relacionados ou com ela comparáveis e, mais globalmente, sobre as formas e os processos sociais contemporâneos.
Alguns ensaios relacionados à sociologia para dar apoio à pesquisa escolar e acadêmica.
6. Departamento de Sociologia e Política PUC-Rio –
Informações sobre os cursos de graduação e pós-graduação do departamento, sobre o mercado de trabalho. Publicações do departamento, linhas de pesquisa e informações sobre extensão na área.
7. Sindicato dos Sociólogos do Estado de São Paulo – Sinsesp - http://www.sociologos.org.br/
Informações sobre o sindicato, registros profissionais, estágios, cursos de graduação em Ciências Sociais e sociólogos. Publicação de artigos, teses, eventos.
8. Fundação Escola de Sociologia e Política do Estado de São Paulo – FESP
Informações sobre a Fundação, sobre os cursos oferecidos, artigos e publicações da FESP.
Blog sobre Sociologia. Artigos, eventos e informações sobre Ciências Sociais.
10. Associação Portuguesa de Sociologia - http://www.aps.pt/
Informações sobre eventos e congressos da área de Sociologia, publicações, boletim da Associação. A APS. Constituída em 1985, a APS é uma Associação sem fins lucrativos, de índole científica e profissional. Tem por objetivo fundamental o desenvolvimento da Sociologia As suas principais linhas de ação são o incentivo e divulgação da análise sociológica da realidade portuguesa, a dinamização das secções temáticas, a promoção da atividade profissional dos sociólogos e do relacionamento dos sociólogos portugueses com a comunidade científica internacional, a divulgação da Sociologia junto das instituições e da opinião pública, bem como a realização de cursos de formação. A APS está filiada na Associação Internacional de Sociologia.
Revista eletrônica dos alunos do Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Antropologia do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
12. Dicionário de Sociologia - http://www.prof2000.pt/users/dicsoc/
Página não oficial da Escola Secundária Gama Barros
13. Revista Brasileira de Sociologia da Emoção - http://paginas.terra.com.br/educacao/RBSE/
Acesso aos artigos publicados na revista, informações sobre o conselho editorial e normas para publicação.
14. Sociologia On Line - http://www.sociologiaonline.cjb.net/
Este portal foi criado a partir de um trabalho acadêmico solicitado pelo Professor Cabrera da Faculdade de Comunicação Social de Presidente Prudente aos alunos do segundo semestre de Ciências Sociais no ano 2000. Consiste em realização de análise sociológica de matérias veiculadas na mídia através de uma leitura analítica, identificando tendências filosóficas, teorias sociológicas, direcionamento ideológico ou utópico.
15. Revista de Sociologia e Política da Universidade Federal do Paraná - http://calvados.c3sl.ufpr.br/ojs2/index.php/sociologia
A Revista de Sociologia e Política aceita artigos originais e resenhas bibliográficas.
Prioriza manuscritos que tenham como tema principal a Política, masas contribuições das diversas disciplinas das Ciências Humanas são bem-vindas. Elas podem tomar a forma de ensaios teóricos, investigações históricas, reflexões filosóficas e pesquisas empíricas.
16. Facoltà di Sociologia, Roma - http://www.sociologia.uniroma1.it/
La Sapienza – Università degli Studio di Roma. Site desenvolvido pelo departamento de Sociología da Universidade.
17. Links de Sociologia - http://www.fcsh.unl.pt/lcsh/socio.htm
Relação de sites que falam de Sociologia.
Elaborado pela  Faculdade de Ciências Sociais da Universidade de Amsterdã, o SocioSite traz informações e recursos que são relevantes para sociólogos e outros cientistas sociais. Fornece uma lista detalhada de todos os recursos de sociologia na Internet – que sempre é atualizada conforme aparecem novos sites sobre a área.
19. The SocioWeb - http://www.socioweb.com/
Guia de links e recursos relacionados à Sociologia
20. Associação Brasileira de Antropologia - ABA - http://www.abant.org.br/
Congregar os especialistas nos setores profissionais do ensino e da pesquisa, promover o desenvolvimento da Antropologia, o intercâmbio de idéias, o debate de problemas e a defesa dos interesses comuns.
21. Biblioteca Virtual de Ciências Sociais - http://www.bibvirtuais.ufrj.br/ifcs/cienciassociais/
Pesquisa na área de Ciências Sociais: instituições de ensino, artigos, publicações, associações.
22. Comunidade Virtual de Antropologia - http://www.antropologia.com.br/
Organiza e disponibiliza informações sobre Antropologia. Promove a integração de pessoas e estudiosos interessados na área. É possível encontrar artigos, resenhas e entrevistas no campo da Antropologia. Permite acesso a fóruns de discussão e boletim de notícias.
Publicação do Departamento de Antropologia, Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo - FFLCH/USP. Publica artigos, resenhas de antropólogos do Brasil e do exterior.
Publicação do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social - PPGAS-Museu Nacional, da Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ.
Artigos e estudos sobre Antropologia Urbana.
26. Campos – Revista de Antropologia Social - http://calvados.c3sl.ufpr.br/ojs2/index.php/campos/
Revista de Antropologia Social, publicação do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade Federal do Paraná, tem o propósito de constituir um espaço permanente de interlocução com antropólogos e pesquisadores de áreas afins, no país e no exterior. Publica artigos inéditos, ensaios bibliográficos, resenhas e outras contribuições - pequenos textos de natureza acadêmica, informativa etc. -, que podem ser enviados em português, inglês, francês ou espanhol (para publicação na língua original).
27. Departamento de Antropologia da Universidade de São Paulo - http://www.fflch.usp.br/da/
Site do Departamento de Antropologia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP.
28. Núcleo de Antropologia Urbana da USP - http://www.n-a-u.org/
Site do Núcleo de Antropologia Urbana da Universidade de São Paulo.
29. Instituto Nacional de Antropologia e História -  http://www.inah.gob.mx/
Instituição do México responsável por pesquisar, conservar, organizar, proteger a difusão do patrimônio historio, arqueológico e antropológico do país.
30. Departamento de Sociologia e Antropologia da UFMG - http://soa.fafich.ufmg.br/
Informações sobre os cursos de graduação e pós-graduação, acesso a publicações e pesquisas da Universidade.
31. Liceus – El portal de las Humanidades
Portal Espanhol sobre Ciências Humanas.
32. Centro de Investigação em Antropologia - http://www.uc.pt/cia/
Centro de Investigação em Antropologia do Departamento de Antropologia da Universidade de Coimbra.
33. Museo Nacional de Antropologia - http://www.mna.inah.gob.mx/
Museu de antropologia, arqueologia, etnografia do México. Informações sobre o museu, suas coleções e serviços.
34. IGPA – Instituto Goiano de Pré-História e Antropologia - http://www.ucg.br/Institutos/igpa/
O Instituto é responsável por fazer um levantamento arqueológico, paleontológico e estudos no campo da História Natural do Estado de Goiás.
35. AIBR - Asociación de Antropólogos Iberoamericanos En Red - http://www.aibr.org/antropologia/aibr/
Promove diversas atividades relacionadas com pesquisas e difusão de temas relacionados a todos os campos da Antropologia.
36. Ciudad Virtual de Antropología y Arqueología - http://www.naya.org.ar/
Portal de Antropologia em Espanhol com notícias de antropologia, arqueologia, banco de imagens, recursos para pesquisas relacionadas à América Latina.
37. Gazeta de Antropologia – Granada – http://www.ugr.es/~pwlac/
Jornal da Cultura Antropológica do grupo de investigação em Antropologia e Filosofia da Universidade de Granada, Espanha.
38. LAH – Laboratório de Antropologia e História – UFRJ - http://www.ifcs.ufrj.br/~lah/
Reúne antropólogos e historiadores de diversas instituições de ensino e pesquisa, interessados em ampliar o campo de reflexão e as formas de colaboração entre as duas disciplinas.
39. Museo Nacional de Antropologia - Madrid - http://mnantropologia.mcu.es/
Pertence ao Ministério da Cultura e tem como objetivo oferecer ao público uma visão global sobre os diferentes povos do mundo e como suas culturas interferem no desenvolvimento social.
40. Museo de Arqueología, Antropología e Historia del Peru - http://museonacional.perucultural.org.pe/
Museu estatal mais antigo do Peru. Garante a conservação do patrimônio arqueológico, antropológico, histórico e cultural do país.
41. Instituto Colombiano de Antropología e Historia · ICANH - http://www.icanh.gov.co/
Desenvolve pesquisa e difundi conhecimento nas áreas de antropologia, arqueologia e história da Colômbia.
42. Associação Portuguesa de Antropologia - http://apantropologia.blogspot.com/
Blog da Associação para discussão sobre Antropologia.
43. Revista Chilena de Antropologia Visual - http://www.antropologiavisual.cl/
Revista eletrônica semestral realizada pelo Núcleo de Antropologia Visual (NAVISUAL) da Universidad Academia de Humanismo Cristiano. Reuni e difundi trabalhos e pesquisas relacionadas com a Antropologia Visual chilena e latinoamericana.
44. Religião e Ciências Sociais - http://www.suapesquisa.com/religiaosociais/
As principais religiões (judaica, cristã, budista), suas histórias, crenças, rituais e princípios.
46. REVER - Revista de Estudos da Religião - http://www.pucsp.br/rever/
Revista de Estudos da Religião da PUC-SP.
Artigos, textos, listas de discussões, estudos sobre diversas religiões.
Link do Google com a relação de artigos acadêmicos sobre Sociologia da Religião.
49. Interações entre Ciência e Religião - http://www.espacoacademico.com.br/017/17cusarski.htm
Entrevista com Dr. Frank Usarski, professor no Programa de Pós-Graduação em Ciências da Religião na PUC/SP, publicada na Revista Espaço Acadêmico em outubro de 2002.
50. Religião – Ministério das Relações Exteriores
Site do Ministério das Relações Exteriores. Cadernos do Brasil – Religião.

Fonte: http://www.pucsp.br/nures/links.htm
Acesso em: 04/10/2013

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Os dez mandamentos da observação participante

Os dez mandamentos da observação participante


Licia Valladares


William Foote WHYTE. Sociedade de esquina: a estrutura social de uma área urbana pobre e degradada. Tradução de Maria Lucia de Oliveira. Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 2005. 390 páginas.
Enfim o leitor brasileiro tem acesso a Street corner society de William Foote Whyte, um clássico dos estudos urbanos, obrigatório em todo curso de métodos qualitativos e pesquisa social. Gilberto Velho, autor da apresentação e responsável pela coleção "Antropologia Social" da Jorge Zahar, tomou a iniciativa de fazer traduzir a edição de 1993, comemorativa dos cinqüenta anos da primeira publicação do livro. A primorosa tradução inclui anexos que o próprio autor foi acrescentando nas várias reedições do livro, referentes à prática do trabalho de campo, ao depoimento de um dos personagens e à sua lista de publicações. Além de um índice remissivo, peça rara entre as publicações brasileiras, mas de uso fundamental quando se quer realizar uma leitura compreensiva de uma obra.

Originalmente publicado em 1943, o texto é não apenas atual pela temática que aborda–a juventude, a organização social das gangs e dos bairros pobres –, mas também um livro fundamental para aqueles que fazem trabalho de campo nas cidades, realizando o que os norte-americanos denominam anthropology at home. É também de grande importância para os sociólogos urbanos que cada dia aderem mais aos métodos qualitativos e aos estudos de caso e se interessam pelo tema das redes sociais, da juventude, da política local e da territorialização da pobreza. O subtítulo – A estrutura social de uma área urbana pobre e degradada – chama a atenção para a importância atribuída pelo autor aos temas da estrutura e da mobilidade social, normalmente considerados temáticas próprias da sociologia.

William Foote Whyte, filho de classe média alta norte-americana, pesquisou nos anos de 1930 uma área pobre e degradada da cidade de Boston, onde morava. Conhecido como um dos slums mais perigosos da cidade e sobre o qual circulavam várias idéias preconcebidas e estigmatizantes, o bairro italiano é pouco a pouco "desbravado" pelo aprendiz de pesquisador que apenas o conhecia por "ouvir dizer". Ao mesmo tempo em que se insere na localidade e vai redefinindo os objetivos de sua pesquisa, dá tropeços no convívio com os moradores, aprendendo a pensar e a refletir sobre a natureza de suas relações com os informantes. Aos poucos vai sendo aceito, muda-se inclusive para Cornerville, mas se dá conta de que é fundamental poder contar com um intermediário para realizar sua observação. "Doc", termo que define um informante-chave, simboliza esse mediador, que garante o bom acesso à localidade e/ou ao grupo social em estudo. Desempenha também o papel de conselheiro e "protetor", defendendo o pesquisador contra as intempéries e os imponderáveis próprios ao trabalho de campo. Após três anos de convívio e familiaridade com os diferentes grupos informais e instituições que atuavam e estruturavam a área (clubes sociais, centro comunitário, organizações informais etc.), Foote Whyte deixou o bairro para dedicar-se à difícil tarefa de redigir sua obra. Saída difícil e dolorosa para o observador participante, mas facilitada pelo fato de o jovem pesquisador mudar-se para Chicago, onde se inscreve como aluno de doutorado na universidade onde Robert Park havia bem marcado sua passagem.

Para além do interesse temático, este livro constitui um verdadeiro guia da observação participante em sociedades complexas. Minha opção será a de insistir na contribuição metodológica do autor, tendo em vista a verdadeira "moda" no Brasil de estudos de caso em "comunidades carentes" ou em territórios urbanos demarcados social e geograficamente.
Dez "mandamentos" podem ser depreendidos da leitura do livro:

1) A observação participante, implica, necessariamente, um processo longo. Muitas vezes o pesquisador passa inúmeros meses para "negociar" sua entrada na área. Uma fase exploratória é, assim, essencial para o desenrolar ulterior da pesquisa. O tempo é também um pré-requisito para os estudos que envolvem o comportamento e a ação de grupos: para se compreender a evolução do comportamento de pessoas e de grupos é necessário observá-los por um longo período e não num único momento (p. 320).

2) O pesquisador não sabe de antemão onde está "aterrissando", caindo geralmente de "pára-quedas" no território a ser pesquisado. Não é esperado pelo grupo, desconhecendo muitas vezes as teias de relações que marcam a hierarquia de poder e a estrutura social local. Equivoca-se ao pressupor que dispõe do controle da situação.

3) A observação participante supõe a interação pesquisador/pesquisado. As informações que obtém, as respostas que são dadas às suas indagações, dependerão, ao final das contas, do seu comportamento e das relações que desenvolve com o grupo estudado. Uma auto-análise faz-se, portanto, necessária e convém ser inserida na própria história da pesquisa. A presença do pesquisador tem que ser justificada (p. 301) e sua transformação em "nativo" não se verificará, ou seja, por mais que se pense inserido, sobre ele paira sempre a "curiosidade" quando não a desconfiança.

4) Por isso mesmo o pesquisador deve mostrar-se diferente do grupo pesquisado. Seu papel de pessoa de fora terá que ser afirmado e reafirmado. Não deve enganar os outros, nem a si próprio. "Aprendi que as pessoas não esperavam que eu fosse igual a elas. Na realidade estavam interessadas em mim e satisfeitas comigo porque viam que eu era diferente. Abandonei, portanto, meus esforços de imersão total" (p. 304).

5) Uma observação participante não se faz sem um "Doc", intermediário que "abre as portas" e dissipa as dúvidas junto às pessoas da localidade. Com o tempo, de informante-chave, passa a colaborador da pesquisa: é com ele que o pesquisador esclarece algumas das incertezas que permanecerão ao longo da investigação. Pode mesmo chegar a influir nas interpretações do pesquisador, desempenhando, além de mediador, a função de "assistente informal".

6) O pesquisador quase sempre desconhece sua própria imagem junto ao grupo pesquisado. Seus passos durante o trabalho de campo são conhecidos e muitas vezes controlados por membros da população local. O pesquisador é um observador que está sendo todo o tempo observado.

7) A observação participante implica saber ouvir, escutar, ver, fazer uso de todos os sentidos. É preciso aprender quando perguntar e quando não perguntar, assim como que perguntas fazer na hora certa (p. 303). As entrevistas formais são muitas vezes desnecessárias (p. 304), devendo a coleta de informações não se restringir a isso. Com o tempo os dados podem vir ao pesquisador sem que ele faça qualquer esforço para obtê-los.

8) Desenvolver uma rotina de trabalho é fundamental. O pesquisador não deve recuar em face de um cotidiano que muitas vezes se mostra repetitivo e de dedicação intensa. Mediante notas e manutenção do diário de campo ( field notes ), o pesquisador se autodisciplina a observar e anotar sistematicamente. Sua presença constante contribui, por sua vez, para gerar confiança na população estudada.

9) O pesquisador aprende com os erros que comete durante o trabalho de campo e deve tirar proveito deles, na medida em que os passos em falso fazem parte do aprendizado da pesquisa. Deve, assim, refletir sobre o porquê de uma recusa, o porquê de um desacerto, o porquê de um silêncio.

10) O pesquisador é, em geral, "cobrado", sendo esperada uma "devolução" dos resultados do seu trabalho. "Para que serve esta pesquisa?" "Que benefícios ela trará para o grupo ou para mim?" Mas só uns poucos consultam e se servem do resultado final da observação. O que fica são as relações de amizade pessoal desenvolvidas ao longo do trabalho de campo.

Outros "mandamentos metodológicos" poderiam ser inferidos . Gostaria apenas de insistir sobre dois pontos. Da leitura do livro, fica claro que a observação participante não é uma prática simples mas repleta de dilemas teóricos e práticos que cabe ao pesquisador gerenciar. A experiência descrita e analisada pelo autor, numa linguagem que dispensa o jargão especializado, mostra que a observação participante exige, sim, uma cultura metodológica e teórica. Foote Whyte não vinha de uma formação em antropologia ou sociologia, mas havia estudado na tradicional e bem cotada Universidade de Harvard. Havia lido Malinowsky, Durkheim, Pareto, os Lynd ( Middletown ) e a literatura sobre communities. Teve contacto com Elton Mayo, que o orientou no aprendizado das técnicas de entrevista, e com o antropólogo Conrad Arensberg, com quem discutiu métodos de pesquisa de campo. Lloyd Warner, autor de Yankee city, veio a ser seu orientador na Universidade de Chicago. Para a revisão do manuscrito, contou com as sugestões de Everett Hugues. Como diz Gilberto Velho, na apresentação da edição brasileira, o livro "como produto final traz inevitavelmente as marcas de sua passagem e relações com alguns dos expoentes da Escola de Chicago dos anos 1940" (p. 12).

Outro aspecto importante diz respeito à atualidade do livro e sua pertinência para entender áreas pobres e o mundo popular no Brasil de hoje. O diagnóstico oferecido pelo autor contrapõe-se à imagem produzida pelo senso comum, que considera as áreas pobres exclusivamente um problema: degradadas, homogêneas, desorganizadas, caóticas e fora da lei, devendo necessariamente ser "ajudadas" uma vez que "abandonadas à sua própria sorte" nunca se desenvolverão. Vistas de dentro, e a partir do olhar arguto do cientista social, tem-se outra visão: tais localidades corresponderiam a áreas onde coexistem espaços e grupos locais diferenciados porém estruturados a partir de redes de relações sociais. A desorganização social não é, portanto, a tônica geral–o que não significa negar a existência do conflito entre os grupos. Foote White não tem, dessa forma, nem uma visão "miserabilista" nem populista dos pobres. O autor insiste na importância da sociabilidade que ocorre no espaço público do mundo popular, na "sociedade da esquina" para usar seu próprio linguajar. Pois é na esquina, no espaço informal, que as decisões são tomadas, que os grupos se estruturam e que as relações sociais se constroem e se destroem.

Que este livro sirva de "aviso" e inspiração a todos aqueles que queiram se lançar na aventura da observação participante.


Licia Valladares é professora de Sociologia da Universidade de Lille 1 e membro do Laboratório Clerse/CNRS. No Brasil é pesquisadora associada do Iuperj.

Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-69092007000100012&script=sci_arttext>. Acesso em: 07/08/2013

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Ação Coletiva

Ação coletiva

Quando nos referimos a ações coletivas, está em mente um grupo de indivíduos que possui interesses comuns com o objetivo de torná-los realidade. Até pouco tempo se considerava que para acontecer uma ação coletiva era necessário serem atendidos dois requisitos:

1) Que os indivíduos tomassem consciência de sua situação e de empreender algum tipo de ação coletiva para melhorá-la.
2) Que não encontrassem nenhuma oposição legal ou de qualquer outro tipo.

Mas a experiência tem mostrado que os requisitos acima não são condições suficientes (ainda que possam ser necessárias) para que a ação coletiva se torne uma realidade. A opção de saída de um grupo pode fazer com que muitos venham a abandoná-lo. Quando não há saída para buscar uma solução particular para um problema coletivo, aumenta o incentivo para uma ação coletiva. No entanto, só aumentam o incentivo sem garantia de que ocorrerá.

Algumas pessoas não se envolvem porque não querem ser as primeiras a envolver-se numa ação, pensam que poderão apenas desperdiçar tempo, esforço e dinheiro. Outras avaliam os benefícios que terão com esta ação e só se movimentarão quando eles forem significativos. Há ainda aqueles que ao perceberem que participando ou não serão beneficiados, optam por não participar esperando apenas os benefícios.

A impressão que se tem é que a sociedade é formada por indivíduos que só pensam em si mesmos, sem capacidade de empreender qualquer tipo de ação coletiva. Sabe-se que algumas ações no entanto, contradizem esta realidade.

Um dos caminhos propostos é oferecer algum tipo de recompensa somente para aqueles que participam, ou ainda trabalhar a partir da obrigatoriedade quanto a participação. Porém, a grande expectativa é a atuação altruísta.

Adaptado por Ederson Malheiros Menezes de “Conceptos Fundamentales de Sociología”.

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Mercado de trabalho para os sociólogos e a Sociologia no Ensino Médio

Mercado de trabalho para os sociólogos e a Sociologia no Ensino Médio

Ronaldo Baltar 

Caminhos da profissão do sociólogo e do professor de Sociologia

O mercado de trabalho para os sociólogos e para professores de Sociologia é distinto, mas compartilha problemas similares no Brasil. O primeiro problema está na participação, em grande quantidade, de profissionais formados em outras áreas nas vagas ofertadas para os formados em Sociologia ou Ciências Sociais. O segundo problema está na origem da formação acadêmica, que não qualifica os profissionais para atuarem no mercado de trabalho.
No Brasil, em grande parte das Instituições de Ensino Superior, a formação começa na entrada do estudante em um curso de Ciências Sociais ou de Sociologia. Os cursos de Ciências Sociais abrigam também a formação em Antropologia e Ciência Política. Cada universidade difere sobre o caminho a ser seguido por seus estudantes até chegarem ao mercado de trabalho. Mas passarão por uma primeira escolha: a licenciatura ou o bacharelado.
Enquanto os licenciados buscam o mercado de trabalho de professores do ensino médio, os bacharéis encontrar-se-ão em um mercado de trabalho mais difuso: o dos profissionais da "Ciência e Intelectuais", segundo definição da Classificação Brasileira de Ocupações (CBO). Um número menor seguirá a formação acadêmica na pós-graduação stricto sensu.
  

O professor universitário pós-graduado visa, em grande parte, o mercado de trabalho mais restrito das universidades públicas e algumas confessionais, isto é, religiosas, com perfil similar. 

No entanto, a maior parte da carga horária, da estrutura disciplinar e dos incentivos aos alunos dos cursos de Sociologia, ainda que não explicitamente, está voltada para a formação do próprio professor universitário. Nesses casos, ainda permanece um desinteresse com o ensino médio e um desconhecimento em relação às atividades profissionais do sociólogo. Acredita-se que, formando o acadêmico de nível superior - o "pesquisador" -, forma-se também o sociólogo ou o professor de ensino médio, o que não é verdade necessariamente.

O mercado de trabalho para o sociólogo
A profissão de sociólogo está estabelecida na Lei n º 6.888, de 10 de dezembro de 1980. São atividades do sociólogo o planejamento e a execução de pesquisas socioeconômicas, culturais e organizacionais, o levantamento sistemático de dados para subsidiar diagnósticos e a análise de programas em várias áreas (educação, trabalho, promoção social e outros). Também são atividades do sociólogo a assessoria e a prestação de consultorias a empresas, órgãos da administração pública direta ou indireta, entidades e associações. Embora existam esforços para a regulação da profissão, principalmente por parte da Federação Nacional dos Sociólogos (FNS) e alguns sindicatos estaduais, ainda não há uma delimitação efetiva para o campo de trabalho profissional do sociólogo. O empenho da FNS para a criação do Conselho Nacional de Sociologia é um passo importante para a regulação e fortalecimento da profissão.

As ofertas de emprego para sociólogo, dentro desse perfil profissional definido, são frequentes, mas não têm crescido nos últimos anos. As vagas são ofertadas principalmente por órgãos governamentais, empresas de consultoria e pesquisa, e organizações não-governamentais. Um exemplo pode ser ilustrado com o anúncio para contratação de sociólogo: Analista Socioambiental, vaga ofertada por uma empresa de Minas Gerais, com salário entre R$ 2.000,00 e R$ 3.000,00, para elaboração de relatórios socioeconômicos de projetos, levantamento e análise de dados e pesquisa de campo. 

Um campo de trabalho não previsto inicialmente na definição do profissional, que também tem crescido, é o de Editor de Textos de Sociologia. Uma oferta de emprego, no estado de São Paulo, por exemplo, oferecia salário entre R$ 6.000,00 e R$ 7.000,00, para edição e produção editorial em obra didática de Ensino Médio referente à disciplina de Sociologia. Como normalmente acontece em outras profissões, essas são vagas que exigem experiência de trabalho comprovada. 

De maneira geral, a caracterização do mercado de trabalho do sociólogo é difícil. São poucos os que, mesmo contratados para ao exercício específico da profissão, registram-se como sociólogos. Entre os que estão registrados, nem todos exercem as funções específicas definidas para o sociólogo. 

De qualquer modo, tomando como parâmetro apenas os contratados como sociólogo (CBO 251120), segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho (CAGED/MTE), entre janeiro e maio de 2013, foram contratados 30 profissionais em todo o Brasil, com média salarial de R$ 3.295,00. Entre julho e dezembro de 2012, foram 46 contratações em todo o país, com média salarial de R$ 2.849,00. 

Se acrescentarmos os contratados como Pesquisador de Ciências Sociais e Humanas (CBO 203505), no Brasil, ocorreram 66 contratações nos primeiros meses de 2013, com salário médio de R$3.297,00. Entre julho e dezembro de 2012, um total de 106 contratos de trabalho foram assinados em todo o país, com média salarial de R$ 2.187,00. Somando tudo, entre julho de 2012 e maio de 2013, foram 248 contratações com média salarial de R$2.907,00. Como comparação, entre janeiro e maio de 2013, foram contratados, em todo o país, 475 economistas (CBO 251205), com média salarial de R$ 4.494,00, segundo os dados do CAGED/MTE.
Deve-se ter em consideração também que o número de formados em Ciências Sociais/Sociologia é bem menor do que o número de formados em Economia e de outras disciplinas similares. Os dados disponíveis não permitem precisar a relação entre vagas ofertadas e pessoal formado em Sociologia. Mas, como referência, de acordo com os dados do Censo Populacional de 2010, do IBGE, do total de pessoas que concluíram o ensino superior no Brasil, mais de 37% tinham o diploma de Gerenciamento e Administração de Empresas. Outros 31% eram diplomados em Ciências da Educação, seguidos de 25% de bacharéis de Direito. Os formados em Economia ocupam o décimo lugar, com aproximadamente 6% do total. Os diplomados em Sociologia (Sociologia e Estudos Culturais) representavam em torno 0,2% da população com nível superior no Brasil.
O mercado de trabalho para o sociólogo não é favorável aos iniciantes na carreira. De acordo com os dados da Relação Anual de Informações Sociais do Ministério do Trabalho (RAIS/MTE) de 2010, o perfil do profissional contratado tem, em média, acima de 40 anos de idade e mais de 10 anos no emprego. O despreparo com que os jovens sociólogos saem das universidades, em relação ao exercício da profissão, e a falta de estágios efetivamente vinculados ao trabalho profissional do sociólogo são fatores que agravam o problema.
O mercado de trabalho do professor de Sociologia no Ensino Médio
A categoria profissional dos professores é bem mais organizada e com perfil de trabalho claramente delimitado. O licenciado em sociologia enquadra-se nesse campo profissional. Do ponto de vista salarial, há uma diferença entre escolas públicas e privadas. Para a rede pública, o Ministério da Educação (MEC) estabeleceu, em 2013, um piso salarial de R$ 1.567,00. Vários estados não cumprem o piso estabelecido pelo MEC, motivo de mobilização constante da categoria em todo o Brasil.
Segundo dados do CAGED/MTE, o salário médio para contratação de professor de Sociologia no ensino médio fora da rede pública era de R$ 900,00 em maio de 2013. Como comparação, no mesmo período, professores de Sociologia no ensino superior da rede privada foram contratados, em média, por R$ 1.139,00.
O ensino de Sociologia e de Filosofia foi banido da educação básica pelo regime militar, por meio do Decreto Lei n. 869 de 1968. Essas disciplinas foram substituídas por Organização Social e Política Brasileira (OSPB) e Educação Moral e Cívica. Com o fim da ditadura, em algumas poucas universidades, docentes de Sociologia empreenderam uma trabalhosa campanha pela retomada do ensino de Sociologia no ensino básico. Desafiando o descrédito, fortaleceram cursos de licenciatura, criaram laboratórios de ensino, projetos e linhas de pesquisa vinculadas à prática docente de Sociologia.
Em maio de 2008, o Congresso Nacional votou a alteração na Lei 9.394 de 1996, Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), tornando novamente obrigatório o ensino de Sociologia e Filosofia no Ensino Médio. Ainda, em 2008, a Secretaria de Educação Básica Presencial da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) fez um levantamento sobre a necessidade de docentes para o ensino no Brasil, constatando que seriam necessários 107.680 professores de Sociologia para fazer cumprir a nova lei. Naquele ano, havia em todo o país 20.339 professores de Sociologia em exercício. O mercado de trabalho para professores de Sociologia no Ensino Médio demandaria 87 mil novas vagas no país.
Assim como ocorre com os bacharéis em Sociologia, o campo de atuação no ensino também é marcado pela presença de outros profissionais no lugar dos licenciados em Ciências Sociais/Sociologia. No mesmo estudo da CAPES de 2008, verificou-se que apenas 2.499 (pouco mais de 12%) dos 20.339 professores de Sociologia eram, de fato, formados em Sociologia ou Ciências Sociais.
Entre 2003 e 2008, a CAPES constatou que foram formados aproximadamente 14 mil licenciados em Ciências Sociais/Sociologia no Brasil. Nesse ritmo, se não houvesse nenhum aumento do número de turmas, seriam necessários mais de 30 anos para cobrir o déficit de docentes em 2008, sem contar os 18 mil docentes de outras áreas que ministravam turmas de Sociologia.
Tabela 1. Docentes que ministram disciplina de Sociologia no Ensino Médio

Disciplina de Sociologia
Professores
%
Formados em Ciências Sociais - Licenciatura?
Não
49.041
89,7%
Sim
5.613
10,3%
Fonte: INEP, Microdados do Censo Escolar – Docentes, 2012. Elaboração própria


Em 2012, analisando-se os microdados do Censo Escolar produzido pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), havia 54.654 professores ministrando turmas de Sociologia no ensino básico. Os licenciados na área eram 10,3% do total. O número de docentes de Sociologia mais do que dobrou entre 2008 e 2012, mas a participação dos licenciados em Ciências Sociais/Sociologia reduziu-se. 

As dez universidades que formaram o maior número entre os 5.613 professores de Sociologia licenciados na área foram as seguintes: Universidade Federal do Pará, PUC-Minas Gerais, Universidade Estadual de Vale do Acarau, Universidade Federal Fluminense, Universidade Estadual de Londrina, Universidade do Oeste Paulista, Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Caruaru, Faculdade de Filosofia de Passos, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Universidade de Santa Cruz do Sul.

Tabela 2. Turmas de Sociologia por docentes formados em Ciências Sociais - Licenciatura por Categoria, 2012
Categoria
Turmas de Sociologia
Docentes com Licenciatura em Ciências Sociais
Docentes formados em outros cursos
Turmas
%
Turmas
%
Categorias de Escola Privada
Escola Pública
48.311
20,0%
193.192
80,0%
Particular
4.530
15,8%
24.171
84,2%
Comunitária
33
10,4%
284
89,6%
Confessional
79
14,7%
457
85,3%
Filantrópica
733
13,7%
4.613
86,3%
Fonte: INEP. Microdados Censo Escolar - Docentes, 2012. . Elaboração própria.

Os dez estados que oferecem o maior número de turmas de Sociologia, com professores formados na área, são Rio de Janeiro, Pará, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Ceará, Santa Catarina e Distrito Federal.
Comparando-se o número de turmas ofertadas em todas as escolas, observa-se que os professores formados em Sociologia ministraram turmas de outras matérias. Segundo os dados do Censo Escolar de 2012, ainda havia mais turmas ofertadas de Estudos Sociais do que de Sociologia.
A defasagem entre o número de turmas da disciplina de Sociologia ofertadas por professores formados na área e não formados na área é maior nas escolas particulares. De maneira geral, sendo, curiosamente, as escolas comunitárias e filantrópicas as que menos contratam professores formados em Sociologia para ministrar a disciplina.
O mercado de trabalho para os sociólogos e professores de Sociologia
Há um potencial grande para a carreira de sociólogo no Brasil, tanto para o bacharel, quanto para o licenciado. Há um ritmo constante de oferta de vagas para pesquisadores com perfil profissional na área, não apenas no setor público, mas também em empresas e organizações não-governamentais. O mercado de trabalho potencial para os licenciados é muito maior do que o número de formados anualmente nas universidades.
Mas ainda há problemas sérios a serem enfrentados. Há o problema de ocupação do campo de trabalho, majoritariamente exercido por profissionais de outras áreas. Há o problema salarial, principalmente para o exercício da docência na rede privada de ensino.
Há também o problema da formação. Em grande parte das universidades, os cursos de Ciências Sociais e Sociologia precisam reestruturar-se para ofertar uma formação direta tanto para o sociólogo profissional, quanto para o professor de Sociologia. São necessárias disciplinas voltadas para o perfil da profissão, como pesquisa não-acadêmica, análise de dados, planejamento, organização de projetos sociais entre outros tópicos. Para o bacharel, o estágio profissional deve ser estruturado e acompanhado de perto por profissionais da área, para que se possa apresentar uma alternativa às barreiras para a entrada do jovem sociólogo no mercado profissional. Mais do que isso, é necessário encarar a formação do sociólogo e do professor de Sociologia no Ensino Médio em pé de igualdade com a formação do professor universitário, muito mais incentivada e valorizada pelo sistema acadêmico de avaliações.

Ronaldo Baltar é professor do Departamento de Ciências Sociais da Universidade Estadual de Londrina. E-mail: baltar@uel.br

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Aprendizagem ou aperfeiçoamento da língua francesa

ESTUDE FRANCÊS

"Francoclic" é um site contendo diversos recursos de acesso livre, destinado particularmente aos alunos e professores interessados na aprendizagem e no ensino da língua francesa e das culturas francófonas.
"Francoclic" é o resultado de uma parceria entre a Embaixada da França no Brasil e o Ministério brasileiro da Educação para responder à um verdadeiro pedido dos atores da língua francesa no Brasil.
Nele você encontra os módulos: de auto-aprendizagem "Reflets-Brésil", de utilização em sala de aula "Br@nché!", de especialidade agrícola "Agriscola" e de descoberta "le monde francophone d'un clic" e "Images de France".

Acesse:

Curso gratuito

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Pensamento científico - Link para visitar

Links

Recomendaciones de páginas para visitar
Tha British Museum- Mesopotamia http://www.mesopotamia.co.uk/
The mesopotamian gallery- The Oriental Institute of the Chicago University http://oi.uchicago.edu/museum/virtual/me/
Tha global egyptian museum- Biblioteca de Alejandría/UNESCO (en español) http://www.globalegyptianmuseum.org/?lan=S
El genio científico de China- UNESCO unesdoc.unesco.org/images/0008/000817/081712so.pdf
La primera ciencia griega- Michael Folwer- Universidad de Virginia (en español) http://galileoandeinstein.physics.virginia.edu/lectures/LaPrimeraCienciaGriega.htm
The ancient Greece museum http://www.ancient-greece.org/index.html
The British museum-Grecia http://www.ancientgreece.co.uk/
Instituto Nacional de Antropología e Historia- Olmecas http://www.inah.gob.mx/paseos/museoantropologia/mnh-s9/tour.html