Quando
nos referimos a ações coletivas, está em mente um grupo de
indivíduos que possui interesses comuns com o objetivo de torná-los
realidade. Até pouco tempo se considerava que para acontecer uma
ação coletiva era necessário serem atendidos dois requisitos:
1) Que os
indivíduos tomassem consciência de sua situação e de empreender
algum tipo de ação coletiva para melhorá-la.
2) Que
não encontrassem nenhuma oposição legal ou de qualquer outro tipo.
Mas a
experiência tem mostrado que os requisitos acima não são condições
suficientes (ainda que possam ser necessárias) para que a ação
coletiva se torne uma realidade. A opção de saída de um grupo pode
fazer com que muitos venham a abandoná-lo. Quando não há saída
para buscar uma solução particular para um problema coletivo,
aumenta o incentivo para uma ação coletiva. No entanto, só
aumentam o incentivo sem garantia de que ocorrerá.
Algumas
pessoas não se envolvem porque não querem ser as primeiras a
envolver-se numa ação, pensam que poderão apenas desperdiçar
tempo, esforço e dinheiro. Outras avaliam os benefícios que terão
com esta ação e só se movimentarão quando eles forem
significativos. Há ainda aqueles que ao perceberem que participando
ou não serão beneficiados, optam por não participar esperando
apenas os benefícios.
A
impressão que se tem é que a sociedade é formada por indivíduos
que só pensam em si mesmos, sem capacidade de empreender qualquer
tipo de ação coletiva. Sabe-se que algumas ações no entanto,
contradizem esta realidade.
Um dos
caminhos propostos é oferecer algum tipo de recompensa somente para
aqueles que participam, ou ainda trabalhar a partir da
obrigatoriedade quanto a participação. Porém, a grande expectativa
é a atuação altruísta.
Adaptado
por Ederson Malheiros Menezes de “Conceptos Fundamentales de
Sociología”.
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