segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Estatisticamente falando

É decepcionante quando se verifica a distância dos resultados das eleições em relação às pesquisas anteriormente anunciadas. Será que as ferramentas estatísticas perderam sua eficácia? Será que os cálculos e fórmulas matemáticas sofreram alguma alteração cultural?

Certamente que não! Elas continuam servido como sempre serviram, porém como em muito do que se vê em nossos dias, também esta ciência acaba por ser dominada e usurpada na tentativa de condicioná-la a interesses particulares. Talvez alguém até questione: mas, e o que não é?

Não posso ignorar que há espaços em que as estatísticas funcionam muito bem, porém estes dados $$$ não são revelados por segurança nacional.

Como se não bastasse a pobre cultura política que envolve as campanhas em nosso país, pobreza que se perfaz na vida do próprio povo que sofre na ausência de ações concretas, sérias e que ajudam a construir uma nação forte, resta o discurso científico deturpado e mal intencionado.

As heranças históricas da "Pátria amada, Brasil", de uma política de servidão, ainda se mantém nas ilusões de uma construção democrática lenta e sempre de novo, usurpada. E não precisa compreender estatística para perceber que neste ritmo, com esta visão, vai se levar muito, muito tempo para alcançar as ainda utopias brasileiras - utopias, porque na tensão com algo concreto e real só pendem para um polo. Mas espera-se, que ao menos, se possa ver muitos filhos que não fogem à luta, e que esta estatística cresça de forma autêntica.

E por falar em "autêntica", diga-se de passagem, que "palavrinha" fora de moda. Pois a usurpação de informações estatísticas não é novidade de campanhas eleitorais, mas perpassa ano após ano, criando em diversos setores estruturas frágeis, bolos de puro glacê, tentando mascarar interesses que se configuram em processos levianos e ineficazes, mas "estatisticamente relevantes", pelo menos para alguns. A educação brasileira, sabe bem o que isto significa.

Mas talvez, tudo isso seja apenas uma questão de estatística (sem desprezo pela real ciência). Fome, saúde, educação, trabalho, etc. Para alguns, apenas estatísticas, para outros dura realidade. A resposta, certamente um problema na amostra.

Salve! Salve! Brasil!
Ederson Malheiros Menezes