Ederson Malheiros Menezes - Mestre em Práticas Socioculturais e Desenvolvimento Social; MBA em Gestão de Pessoas; MBA em Coaching; Esp. em Gestão de Projetos Ágeis; Esp. em Docência no Ensino Superior; Esp. em EaD; Bacharel em Teologia; Licenciatura em Sociologia; Bacharel em Administração. Contato: educacaosociologica@gmail.com
domingo, 20 de dezembro de 2015
quarta-feira, 16 de dezembro de 2015
Cibercultura - fique atento!!!!
Você já percebeu que depois de visitar determinado site que tenha algo para vender e clicar em algum produto, o mesmo está sempre exposto para você em outros sites que você visita através de banners de propagandas?
É a vitrine virtual que te perseguirá a vida inteira, rsrsrsss. Basta dar uma olhadinha e ela nunca mais te abandonará... rsrsrs.
Apesar do riso, a questão é um tormento e revela o interesse por trás de tanto incentivo ao uso da internet e novas tecnologias da informação - coisas do mundo econômico-virtual.
Muitos outros dados passam a ser coletados através das aventuras virtuais e transformados em oportunidades de negócio para megacorporações transnacionais que movimentam um mercado multibilionário. Os chamados medidores cibernéticos-informacionais serão o principal recurso para estas megacorporações construírem e realizarem os desejos e anseios das massas, sem necessariamente se preocuparem se aquilo é bom ou não, afinal de contas o interesse maior é o lucro.
Infelizmente, como muitos outros aspectos da cultura que são gestados pela economia, também a cibercultura está carregada de interesses predominantemente econômicos. Nesta proposta, como em outras antes da virtualização da vida, a cibergeração passa a ser formada para depender da tecnologia e do mundo virtual para tudo, uma imersividade absorvente configura o estilo de vida desta geração.
A grande maioria não percebe a questão do controle e exploração do ser humano através desta proposta. Uma cultura tecnológica demarcada por circuitos miniaturizados e pela nanotecnologia que visa "facilitar" a vida transportando as pessoas da realidade para o virtual, efetivando cada vez mais esta nova realidade. Uma proposta de dependência crescente.
Um mundo de prazer e utilidade é oferecido pela cibercultura, atrativo porque promove uma felicidade virtual, mais fácil de configurar do que a vida real que cada vez mais se define como algo difícil, demarcado pelo sofrimento, sem cor, brilho ou música - sem vida. Nesse processo de virtualização, da criação de um novo mundo, um novo espaço, se começa a optar por manter-se nele mais tempo do que no presencial. Desta forma, o ciberesapaço é um abrigo, refúgio para muitas pessoas. Mesmo que algo ilusório, mas temporariamente fascinante e ilusoriamente acolhedor.
De um lado este mundo desértico, do outro um oásis mirabuloso. Abriu-se a porta para acesso e desfrute, de forma que processos antropotécnicos foram definidos para configurar uma condição psicossocial apenas a partir do âmbito virtual. Tudo é virtualizado, a própria imagem que se quer produzir de si, os relacionamentos, os sentimentos e a construção de uma nova vida - tudo virtual. A compulsão é avassaladora e a vida pode acabar quando a tecnologia desaparece das mãos ou deixa de ser acessível por algum motivo.
Isso é tão crescente que as pessoas ficam neuróticas em relação a esta proposta de nova vida. Cada anseio da vida real impulsiona para a vida virtual. Cada vez mais, o virtual determina o que sobra para o real. As pessoas são dominadas por uma ânsia de publicar, compartilhar e expor de forma compulsiva para manter sua existência no mundo virtual - uma existência anestésica, uma ficção cada vez mais inconsciente e inconsequente.
A droga da vida virtual, que provoca dependência massiva, passa a ser distribuída sem restrição. Acessível para crianças até idosos, começa a estampar crises de abstinência quando por algum motivo inesperado, não se permite o acesso a tal "realidade". Então um aluno agride violentamente seu professor porque ele tirou seu telefone na sala de aula, ou seja, tentou tirar a vida virtual de suas mãos. Os aparelhos tecnológicos não são os únicos problemas, certo?
Ao se observar desvios de uma forma de cultura, a única saída é confrontar tal cultura e ajudar a produzir uma nova cultura, com novos valores e novas realidades. Isso pode acontecer hoje a partir do momento em que se adquire consciência das implicações e processos que envolvem a proposta atual da cibercultura. Da necessária utilização consciente dos recursos que nos são úteis, mas não podem de forma alguma assumir o controle para produzir um quadro ilusório de vida. Por isso, o caminho não é dizer "não", mas um sim diferente, consciente, orientado e resgatador da vida, com seu adequado espaço e realidade.
Pra começar, se desconecte um pouco, OK? Não estou pedindo para você desligar seu telefone ou computador, estou pedindo para você desconectar, entendeu? Faça outra conexão!
(Ederson Malheiros Menezes - teólogo e sociólogo)
sexta-feira, 4 de dezembro de 2015
CRISE CABELEIRA OU SIMPLESMENTE, ENROLADOS
CRISE CABELEIRA, OU SIMPLESMENTE ENROLADOS!
Existem
diversas formas de você se atualizar dos principais fatos que
envolvem sua cidade, entre eles, visitar o cabeleireiro. Veja, não
estou depreciando este profissional, mas é fato que ele convive
diariamente com um grande e variado número de pessoas que falam
sobre tudo um pouco, consequentemente, o cabeleireiro é uma pessoa
informada sobre tudo um pouco.
Você
pode se surpreender com aquilo que ele observa. Em um dia desses fui
cortar o cabelo, e o profissional que me atendeu falou sobre a crise
do país e pessoas que estão enfrentando a dura realidade das
demissões e desempregos.
O
que mais chamou atenção dele foi o fato de que em uma dada empresa,
o chefe de departamento recebe uma ligação em que se diz assim:
“degola dois aí!” É… impressionante, não é! Pior, que em
certo sentido é uma realidade. A violência do discurso está
explícita nos processos que destituem as pessoas de suas esperanças
e segurança.
Em
outra empresa, um batalhão de funcionários antes de ser demitido é
escoltado até o departamento pessoal. Isso para que fosse evitado o que já havia
acontecido no passado, em que determinado funcionário em meio ao desespero, se
feriu para garantir sua permanência na empresa. Então, o problema
agora só poderia ser resolvido com escolta ao departamento pessoal.
Que mundo é esse?
Não
quero ser juiz de nenhuma destas causas, pois nos faltam argumentos diante das realidades - pode isso? Compreende-se a má índole de algumas pessoas que encontram
subterfúgios para assegurar benefícios “legais” para si, assim
como compreende-se as “escoltas” ao departamento pessoal como
dupla proteção. Uma moeda com cara e coroa, uma história com dois
lados e duas razões. Ninguém sabe ao certo de onde veio a moeda, mas por enquanto, "tudo" bem...
Algumas
perguntas devem ampliar a compreensão: O que faz com
que um funcionário entre em desespero a ponto de se autoflagelar
para manter seu trabalho? O que faz com que uma empresa chegue ao ponto de
escoltar seus funcionários para garantir que os mesmos não abusem
da lei em seu benefício? Certamente que outras questões podem ser
elaboradas, mas estas já dão muito “pano-pra-manga” ou uma
“baita” cabeleira para cortar.
Precisamos
mais cabeleireiros! Bom… uma outra opção seria retomar o conto da
Rapunzel com seus longos cabelos, que deu origem a nova versão
“Enrolados”, uma definição ainda melhor para o que se vive na contemporaneidade.
Ederson
Malheiros Menezes
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