Clássicos



OS CLÁSSICOS DA SOCIOLOGIA

Auguste Comte nasceu em Montpellier, na França, em 1798. Em 1814, com dezesseis anos de idade, Comte ingressou na Escola Politécnica de Paris. Embora Comte tenha ficado na escola politécnica por apenas dois anos, lá recebeu influências de cientistas, como o físico Sadi Carnot, o matemático Lagrange e o astrônomo Pierre Simon Laplace. Sobremaneira, foi influenciado pelos trabalhos do filósofo Condorcet, nos quais baseou todos seus escritos a partir de 1818. Sua Filosofia Positivista nega que a explicação dos fenômenos naturais, assim como sociais, provenha de um só princípio.

Émile Durkheim, sociólogo e antropólogo francês. Licenciado em Filosofia em 1882, passou a se dedicar à Sociologia. Durante o curso, mudou-se para Alemanha, de onde enviou, a revistas francesas, artigos sobre Filosofia e ciências positivas. Graças a essas colaborações, foi nomeado professor da disciplina Ciência Social e Pedagogia da Universidade de Burdeos, em 1887. Sua primeira grande obra foi a tese de doutorado: De la division du travail social (1893). Em 1895, publicou outra obra fundamental, Les règles de la méthode sociologique, que constitui um verdadeiro breviário de Sociologia.

Karl Marx. Economista, filósofo e socialista alemão, Karl Marx nasceu em Trier, em 5 de maio de 1818, e morreu em Londres, a 14 de março de 1883. Estudou na universidade de Berlim, principalmente a filosofia hegeliana, e formou-se em Iena, em 1841, com a tese Sobre as diferenças da filosofia da natureza de Demócrito e de Epicuro.
Em 1842, assumiu a chefia da redação do Jornal Renano em Colônia, onde seus artigos radical-democratas irritaram as autoridades. Em 1843, mudou-se para Paris, editando, em 1844, o primeiro volume dos Anais Germânico-Franceses, órgão principal dos hegelianos da esquerda. Entretanto, rompeu logo com os líderes desse movimento, Bruno Bauer e Ruge.
Em 1844, conheceu, em Paris, Friedrich Engels, começo de uma amizade íntima durante a vida toda. Foi, no ano seguinte, expulso da França, radicando-se em Bruxelas e participando de organizações clandestinas de operários e exilados. Ao mesmo tempo em que, na França, estourou a revolução, em 24 de fevereiro de 1848, Marx e Engels publicaram o folheto O Manifesto Comunista, primeiro esboço da teoria revolucionária que, mais tarde, seria chamada marxista. Voltou para Paris, mas assumiu logo a chefia do Novo Jornal Renano em Colônia, primeiro jornal diário francamente socialista.
Depois da derrota de todos os movimentos revolucionários na Europa e do fechamento do jornal, cujos redatores foram denunciados e processados, Marx foi para Paris e daí expulso para Londres, onde fixou residência. Em Londres, dedicou-se a vastos estudos econômicos e históricos, sendo frequentador assíduo da sala de leituras do British Museum. Escrevia artigos para jornais norte-americanos, sobre política exterior, mas sua situação material esteve sempre muito precária. Foi generosamente ajudado por Engels, que vivia em Manchester, em boas condições financeiras.
Em 1864, Marx foi co-fundador da Associação Internacional dos Operários, depois chamada I Internacional, desempenhando dominante papel de direção. Em 1867, publicou o primeiro volume da sua obra principal, O Capital. Dentro da I Internacional, encontrou Marx a oposição tenaz dos anarquistas, liderados por Bakunin, e, em 1872, no Congresso de Haia, a associação foi praticamente dissolvida. Em compensação, Marx podia patrocinar a fundação, em 1875, do Partido Social-Democrático alemão, que foi, porém, logo depois, proibido. Não viveu bastante para assistir às vitórias eleitorais desse partido e de outros agrupamentos socialistas da Europa.

Max Weber. Economista, destacou-se ao escrever A ética protestante e O espírito do capitalismo, obra em que, procurando esclarecer as características específicas do capitalismo, apontou a relação significativa entre a ética protestante e o espírito capitalista moderno.
Weber nasceu no dia 21 de abril de 1864. Morou com seus tios e se apaixonou por sua prima. Ficaram juntos por seis anos, porém boa parte desse tempo viveu em um sanatório. Devido a uma pneumonia, faleceu no dia 14 de julho de 1920.
Baseou seus estudos em análises de natureza religiosa. Foi pesadamente influenciado por um autor do século XIX, Rudolph Sohm (1882), que estudou formas de organização cristã nas quais indivíduos são chamados a ocupar liderança por virtude de evidência de charismata, palavra grega que significa o dom da graça divina.

VÍDEOS SOBRE OS SOCIÓLOGOS CLÁSSICOS

No site Rede do Saber, do Governo do Estado de São Paulo existem três vídeos abordando os três clássicos da Sociologia (Durkheim, Marx e Weber).




Para assistir o vídeos é só clicar abaixo:

 Vídeo 1 - Durkheim

Vídeo 2 - Karl Marx

Vídeo 3 - Max Weber

OUTROS SIGNIFICATIVOS NOMES DA SOCIOLOGIA

Georg Simmel. Sociólogo alemão, Simmel nasceu em Berlim. Mais velho dentre sete filhos de um empresário sócio de uma fábrica de chocolates. A morte de seu pai em 1874 fez com que um conhecido da família se responsabilizasse pela educação do jovem Simmel, o que lhe garantiu a segurança financeira necessária para perseguir uma carreira intelectual. Estudou Filosofia e História na Universidade de Berlim, onde defendeu seu doutorado em 1885. Nessa mesma universidade tornou-se professor e proferia conferências sobre os mais variados temas, que atraíam numerosa audiência fora dos muros acadêmicos.
Seu estilo erudito e criativo de exposição oral transformava os objetos de reflexão em simples motivos para a produção de diversas observações gerais sobre a vida humana. Esse traço aparentemente superficial se traduzia nos seus escritos, muitas vezes ensaios livres que partiam de um tema ordinário para tocar em aspectos amplos da filosofia e da teoria social. Mesmo com esse prestígio, sua situação profissional era instável, já que não conseguia ser nomeado como professor pleno numa grande universidade, permanecendo uma espécie de outsider na Alemanha. Entretanto, o salão que mantinha com sua esposa Gertrude Kinel – com quem era casado desde 1890 – atraía escritores, poetas e outros sociólogos de renome.
Sua origem judaica era um dos principais problemas profissionais, a despeito de Simmel ter sido batizado como protestante e seus pais terem adotado crenças cristãs como estratégia de assimilação. Somente em 1914 conseguiu um posto regular e bem pago na Universidade de Estrasburgo, mas a Primeira Guerra emperrou as atividades universitárias. Simmel veio a falecer pouco antes do final da guerra, em 1918. Entre seus principais textos e livros, encontram-se: A Filosofia do Dinheiro (1900), A Metrópole e a Vida Mental (1903) e Sociologia (1908).

Fonte: (FGV- OnLine)