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sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Sobre a necessidade de questionar

 E no entanto – como colocou Cornelius Castoriadis – o problema da condição contemporânea de nossa civilização moderna é que ela parou de questionar-se. Não formular certas questões é extremamente perigoso, mais do que deixar de responder às questões que já figuram na agenda oficial; ao passo que responder o tipo errado de questões com frequência ajuda a desviar os olhos das questões realmente importantes. O preço do silêncio é pago na dura moeda corrente do sofrimento humano. Fazer as perguntas certas constitui, afinal, toda a diferença entre sina e destino, entre andar à deriva e viajar. Questionar as premissas supostamente inquestionáveis do nosso modo de vida é provavelmente o serviço mais urgente que devemos prestar aos nossos companheiros humanos e a nós mesmos (Z.B. 1999).

quinta-feira, 21 de julho de 2016

Mapas conceituais de sociologia e filosofia

Mapas Conceituais de cada um dos capítulos de livros didáticos de Sociologia e Filosofia



quarta-feira, 13 de julho de 2016

Mãos invisíveis: uma revelação de caráter


Nietzsche conseguiu perceber forças que agem sobre a vida e que em linguagem antropomórfica são traduzidas na figura de mãos que agem de forma rude açoitando e obrigando a condição forçada de submissão.

terça-feira, 5 de julho de 2016

Tendências do poder explicadas


Parece que Nietzsche conseguiu perceber e explicar algo complexo acerca do "poder", ou seja, sua inexplicável tendência de estar cambaleando (Ederson Malheiros Menezes)

sexta-feira, 3 de junho de 2016

Bibliotecas e repositórios - Portugal

Bibliotecas
Biblioteca da Universidade de Aveiro - http://www.ua.pt/sbidm/biblioteca/
Biblioteca do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra – CES  - http://www.ces.uc.pt/biblioteca/
Biblioteca do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa – ICS - http://www.ics.ul.pt/biblioteca/?ln=p&mm=6&ctmid=1&mnid=1
Biblioteca do Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa – ISCTE - http://www.iscte-iul.pt/biblioteca.aspx
Biblioteca do Instituto Superior de Economia e Gestão – ISEG  www.iseg.utl.pt
Biblioteca Electrónica Europeia - www.eukn.org
Biblioteca Nacional - http://www.bnportugal.pt/
Biblioteca on-line de Ciências da Comunicação da Universidade do Minho - BOCC - www.bocc.ubi.pt
Repositórios
Repositório da Universidade Aberta - http://repositorioaberto.univ-ab.pt/
Repositório da Universidade dos Açores - http://repositorio.uac.pt/
Repositório da Universidade do Algarve - http://sapientia.ualg.pt/
Repositório da Universidade da Beira Interior - https://www.ubi.pt/Pagina.aspx?p=THESIS
Repositório da Universidade de Coimbra - https://estudogeral.sib.uc.pt/jspui/?locale=pt
Repositório da Universidade de Lisboa - http://repositorio.ul.pt/
Repositório da Universidade do Minho - https://repositorium.sdum.uminho.pt/
Repositório da Universidade Nova - http://run.unl.pt/
Repositório da Universidade do Porto - http://repositorio-aberto.up.pt/
Repositório da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro - https://repositorio.utad.pt/
Repositório do ISCTE-IUL - https://repositorio.iscte.pt/
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal - http://www.rcaap.pt/

Fonte: <http://www.aps.pt/?area=103&mid=004>

Associações de Sociologia no Mundo

APS - Associações de Sociologia no Mundo

Fonte: <http://www.aps.pt/?area=103&mid=006>

terça-feira, 17 de maio de 2016

Desafios da análise social ou de perspectivas da sociedade

Trabalhar com a análise social é um processo exigente e desafiador. Vou tentar eleger alguns motivos para justificar esta primeira frase:

Primeiramente, analisar requer certa metodologia. Por mais que não precisa ser algo engessado, precisa por mais simples que seja ter um ponto de partida e um ponto final. O que, apensar de aparentemente simples, não é.

Analise social é exigente em termos de trabalho. Uma boa análise precisa superar mero comentário, recorrendo a fatores que na maioria das vezes não foram contemplados. É o olhar sociológico propriamente dito, amparado conceitualmente para revelar entrelinhas despercebidas.

Por isso, análise social é um exercício crescente. Dificilmente alguém iniciado conseguirá fazer uma análise social profunda, pois a falta de experiência deste exercício sociológico também estará evidente nas limitações conceituais de abordagem. Todavia, se não continuar a fazer este exercício junto a muita leitura e pesquisa, dificilmente conseguirá fazer análises mais profundas.

Assim como pessoas maduras e experientes conseguem fazer análises mais ponderadas sobre a vida, pois a base reflexiva aumentou em si, também os sociólogos, quanto mais experiência, melhor farão suas análises. Por outro lado é perfeitamente possível surpreender-se com a análise social de um jovem pesquisador, tendo em vista, sua dedicação e habilidade.

Muitos pretendentes ao ofício de sociólogo, ainda em formação, sofrem por não conseguirem entender ou mesmo por não conseguir apreender uma ampla e vasta abordagem de diversas teorias de análise social. Mas essa experiência é inevitável, faz parte do amadurecimento o sofrer com as próprias limitações, as quais sugerem necessidade de desenvolvimento. 

Uma sugestão é começar com fragmentos conceituais, análises limitadas de fenômenos com menor evidência ou relação. Essas análises que se conectam com fenômenos maiores, de maior evidência e abrangência, no futuro serão importantes, pois constituem elementos de base para estas análises. O processo envolve a contínua leitura e reflexividade do fenômeno social, tendo em vista perceber suas relações e conexões. 

Renova-se assim a paciência e dedicação para formação de um corpo conceitual e teórico capaz não de servir de base para a análise, mas de base para a reflexividade. Pois o fazer sociologia exige que aquele que o faz, o faça de nova ou mais profunda perspectiva, dando explicações que farão parte das escolhas e novas reflexões/decisões para a vida.

Ederson Malheiros Menezes

segunda-feira, 2 de maio de 2016

Uma biblioteca para a corrupção

A corrupção está no centro da crise política pela qual passa o Brasil, tendo se tornado pauta da mídia tradicional, das mídias sociais e da opinião pública nacionais e internacionais. Nesse contexto, o Grupo de Pesquisa Qualidade da Democracia do Instituto de Estudos Avançados e o Núcleo de Pesquisa de Políticas Públicas da USP (NUPPs) e sua Biblioteca Internacional da Corrupção (Corrupteca)realizam este seminário no qual debatedores tratarão de déficits, desafios e propostas da democracia brasileira frente à corrupção e aprofundarão a análise das implicações da corrupção para a qualidade da democracia brasileira debatendo aspectos da transparência, responsabilização, participação popular, qualidade e relação das instituições democráticas e o papel das leis.
O evento também marcará o lançamento do Edital de Chamada de Trabalhos para a primeira edição do International Journal of Research on Corruption and Democracy - IJRCD, uma nova revista acadêmica especializada em pesquisas sobre a corrupção e suas relações com a democracia no Brasil e outros países do mundo.
Fonte: <http://www.iea.usp.br/eventos/impacto-corrupcao>

Quando a corrupção recebe destaque suficiente para a criação de uma biblioteca (Biblioteca Internacional da Corrupção (Corrupteca)), torna-se inevitável reconhecer o surgimento crescente de um indicador negativo acerca da sociedade planetária. É louvável a iniciativa da USP e outras IES no sentido de contemplar a temática. Nosso desafio é acompanhar e participar dedicadamente, de forma que a iniciativa possa alcançar a esfera local ou regional, destituindo velhos arranjos estruturais da corrupção que sugam a possibilidade da democracia se efetivar, bem como do bem comum. É um debate com antenas ligadas, pois a corrupção tem sua própria dinâmica e estratégia para recriar-se, por incrível que pareça ela é criativa tanto quanto estas novas iniciativas de confronto que está recebendo (Ederson Malheiros Menezes).

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Quem disse que a colonização acabou?

QUEM DISSE QUE A COLONIZAÇÃO ACABOU?

A história do Brasil demarcada pela colonização, forjada por processos de exploração da vida humana em todos os sentidos, com todas as suas atrocidades, parece não ser suficiente para conter posturas autoritárias, fundadas especialmente no poder econômico e em um mandonismo, ainda eugênico e arbitrário. 

Se estou falando de política? Sim, infelizmente da má política que acontece inclusive no contexto religioso. Certamente não será novidade, desde que, se considere os primórdios da instituição religiosa, o fato de existir coações e coerções gestadas pela força de mamon, e que perverteram vidas que tiveram a grande oportunidade de percorrer O Caminho.

A verdade ou a ideologia própria? A verdade ou aquilo que lhe favorece? A verdade ou o status? A verdade ou a razão própria – dogmatizada pela tradição? A verdade ou a defesa da superioridade eugênica? A verdade ou o prazer do poder? A verdade ou a manutenção da opressão para permanecer opressor? A verdade ou o orgulho? A verdade ou o falso evangelho que abriga interesses próprios? A verdade ou a falsa piedade? A verdade ou as estratégias da carne? A verdade ou as artimanhas das sombras?

A experiência de uma piedade que dá remédio genérico e ao mesmo tempo produz as doenças terminais consegue iludir muitos. A experiência que chora as desgraças e ao mesmo tempo conserva elas apenas para experiência dos outros é terminantemente hipócrita. A experiência da humildade de vitrine para manutenção do prazer oculto é uma aberração humana.

Então aparecem os vicários, alguns por tradição, outros por carisma, mas também os por tirania legal. É especialmente destes últimos que se fala. O tirano legal, autorizado e potencializado pelo poder econômico, forjado em uma cultura de superioridade. O sustentador da pirâmide que só tem duas classes, o topo ocupado pelo tirano e o resto da pirâmide, ocupado pelos peões da servidão.

No processo do mandonismo, somente a vontade do tirano prevalece, de forma que a vontade da servidão, isso se existir, não pode ser outra, a não ser promover a glória do tirano.

O orgulho eugênico não é de pertencer ao quadro de uma criação singular, mas de ser o próprio criador e sustentador de uma existência que está acima de qualquer verdade.

Para se obter as migalhas do tirano será necessário vender a sua alma, falsear a verdade, participar das artimanhas, concordar com seu governo, promover sua ideologia, cultuar sua superioridade, aceitar servi-lo até quando lhe for útil e inesperadamente inútil para morrer de forma besta. Faça-se como os primeiros habitantes desta terra, que ao perceber a desgraça para lhes tirar a vida, que chegava junto às embarcações, só podiam fugir desatinados para o meio da selva – fujam incivilizados. Quem disse que a colonização acabou? Estou a correr...

Ederson Malheiros Menezes (teólogo, sociólogo, especialista em educação e mestre em práticas socioculturais e desenvolvimento social).