terça-feira, 22 de março de 2022

Metaverso - Será que estamos preparados para Tecnologias mais Envolventes?

Metaverso - Será que estamos preparados para Tecnologias mais Envolventes?

Eu tenho conversas regulares com meus filhos sobre o uso da tecnologia.

Alguns diriam que falar não adianta!

Por isso, procuro andar com eles, interagir através da tecnologia para que a voz de orientação tenha mais significado de vida.

Sempre fui apaixonado pelo universo tecnológico, tanto que aprendi a programar de forma autodidata.

No entanto, sempre carreguei alguns temores sobre o desbravar tecnológico e mais especificamente sobre o uso adequado da tecnologia pelas pessoas em geral.

Estas preocupações se intensificaram há alguns meses na minha mente, especialmente quando surgiu o anúncio empolgado do metaverso.

A pergunta básica está no título deste texto: "Será que estamos preparados para tecnologias ainda mais envolventes?"

No Instagram do Jornal Folha de São Paulo vi (data em que escrevo este texto) esta reportagem:

 


"Um adolescente de 13 anos confessou ter matado a mãe e o irmão mais novo a tiros no último sábado (19) em Patos, no sertão da Paraíba, segundo a Polícia Civil. Ele disse que cometeu os crimes porque teria sido proibido de usar o celular para jogar com os amigos. Pouco antes de sair de casa para ir a uma farmácia comprar remédio para a esposa, o pai do garoto, um policial militar reformado, não deu permissão para que o filho usasse o aparelho de telefonia. Enquanto o adulto estava fora de casa, o garoto pegou a arma e atirou na mãe, segundo a polícia. Ao voltar para casa, o PM viu a mulher e o filho baleados e pediu para o filho largar a arma. No entanto, o adolescente também atirou contra o pai, ainda de acordo com a polícia. O homem de 57 anos ficou gravemente ferido. O menino foi apreendido e levado para a Delegacia de Patos. De acordo com o depoimento do garoto, ele era pressionado para tirar boas notas na escola."

Eu não tenho dúvida acerca dos diversos benefícios que poderão surgir mediados pela tecnologia. Mas, será que estamos preparados para usá-los com sabedoria?

Se hoje já temos episódios como este além de vários outros apontamentos (inclusive científicos) dos malefícios do mau uso das tecnologias - o que acontecerá quando esta imersão ser várias vezes mais intensa do que é?

Os games foram criados para entreter, mas levaram jovens a cometer loucuras matando pessoas.

As redes sociais e todas as tecnologias de informação e comunicação ajudaram de forma incrível no período pandêmico, no entanto, tornaram-se instrumentos viciantes para muitos e pior, instrumentos ardilosos de manipulação de massa por políticos.

Continuo sendo um apaixonado pela tecnologia apesar de ter meus receios de apostar exclusivamente no "solucionismo tecnológico" messiânico para os grandes desafios da humanidade - parece que nem sequer teremos outra opção se o ser humano não acordar.

Enfim, há muita coisa para pensar e o objetivo aqui é apenas provocar reflexão e atitudes mais inteligentes.


Autor: Ederson Malheiros Menezes (bacharel em teologia, licenciado em sociologia, acadêmico de administração, esp. em EaD, esp. em docência no ensino superior, MBA em gestão de pessoas, MBA em coaching e análise comportamental, mestre em práticas socioculturais e desenvolvimento social).


 

terça-feira, 4 de janeiro de 2022

Não Olhe Para Cima - Que Negacionismo é Este

 

NÃO OLHE PARA CIMA - QUE NEGACIONISMO É ESTE?

É difícil indicar um filme sem fazer considerações sobre ele... breves considerações....

Eu assisti o filme disponível na Netfliz em dois tempos, ou seja, a metade em um dia e a outra na madrugada sem sono.

E, como todos sabem, uma madrugada sem sono é longa... interminável.

Por isso, antes de assistir a última parte resolvi ler algumas notícias em manchete em alguns dos principais jornais do mundo... de tempos em tempos faço esse exercício.

Depois de ler as notícias, voltei ao filme para terminá-lo de assistir.

Por que estou mencionando esta pausa que fiz em assistir o filme?

Porque ao ler as notícias percebi a conexão direta com algumas temáticas do filme.

Entre elas, a fixação por entretenimento e tecnologia que invade nossas vidas e de algum modo cruza a contribuição sadia que poderia dar e torna a experiência da vida fútil.

Vi vários críticos na internet fazendo referências a postura negacionista apresentada pelo filme, mas, comecei a me perguntar que negacionismo é este?

Por que usamos a tecnologia e o entretenimento para fugir da realidade?

Um "super-prazer" estimulado é muito melhor do que ansiedade sufocante - seria somente isso?

Em nosso comportamento, por que optamos pela fuga e não o enfrentamento da realidade?

Pessoalmente, teria várias considerações sobre estes assuntos. 

Mas, acredito que as perguntas são nossas melhores amigas no exercício que todos nós devemos fazer.

Então... questione-se!

Pessoalmente, achei a primeira parte do filme irritante - acho que esta era mesmo a intenção diante das realidades e o negacionismo "mal-humorado".

Chama atenção aqueles cientistas desesperados (e de fato, é assim mesmo que eles estão tentando comunicar suas descobertas a um mundo alienado) em meio a um "besteirol" que chamam de entretenimento e que cultua o negacionismo com humor.

A segunda parte do filme, a que achei melhor, trabalha de forma mais intensa o despertar das populações - que só vai ocorrer com a tragédia na cara.

O despertar vem com resgate de valores que de fato são maiores.

O filme oferece inúmeras oportunidades para refletir a sociedade, mas a frase que mais chamou minha atenção é uma declaração no final do filme "tínhamos tudo".

Ainda temos?

Espero, por nossa geração e pelas próximas, que SIM!

Ederson Malheiros Menezes (teólogo, licenciado em sociologia, bacharelando em administração, esp. em educação à distância, esp. em docência no ensino superior, esp. em gestão de projetos ágeis (em andamento), MBA em gestão de pessoas, MBA em coaching e analista comportamental e mestre em práticas socioculturais e desenvolvimento social).