quarta-feira, 3 de abril de 2019

Não Brinque com a Maldade

http://imaginacaosociologica.com.br/maldade-nao-brinque-com-ela-inteligencia-social/

MALDADE: NÃO BRINQUE COM ELA!

Maldade, também definida como perversidade, malignidade, crueldade e desumanidade.

Primeiro, e como se diz, antes de tudo, devo mencionar qual é o objetivo deste texto e vídeo.
Trata-se de incentivar pessoas ao exercício do autoconhecimento e iniciativas diferenciadas, a fortalecer ações que hoje são desmerecidas diante da malandragem, da falsa expertise e violação de valores básicos para o bem genuinamente comum.

A MALDADE NAS RELAÇÕES AMOROSAS

Portanto, a maldade está relacionada ao fato de alguém ter uma atitude que prejudica ou ofende outra pessoa.
As cantoras Maiara e Maraisa em sua música intitulada "Maldade" apresentam uma atitude perversa no contexto dos relacionamentos amorosos.

Conforme a letra, foi maldade "pedir um tempo" no relacionamento e depois terminar ele. Em outras palavras, foi maldade não ser sincero na intenção que havia, na atitude - houve uma intenção maliciosa.
Mas, todo mundo sabe que esta questão da maldade é muito mais ampla do que o contexto das relações amorosas.
Na verdade, todas as relações sociais estão transpassadas pela maldade ou "oportunidade" de maldade.
Além disso, sabe-se bem que há até a "maldade" que se convenciona praticável em "malandragem" - chega-se a reconhecer como "um tipo de expertise".
Tem muita gente brincando com coisas tenebrosas, alguns de forma um tanto inocente, mas outros, muito conscientes.
A maldade na mente, maldade na sociedade, não importa o espaço, pode tornar-se maldade mecânica - automatizada na vida das pessoas e no mundo como cultura.
E, se você ler mais um pouco, vai ficar impactado com a abrangência que a maldade pode assumir.

MUITO MAIS AMPLO DO QUE SE IMAGINA

Portanto, mau é um adjetivo, ou seja, qualifica algo. Mal é um advérbio de modo e se relaciona com um verbo, mas também pode ser substantivado. O que tudo isso significa?
Então, ... isso significa que tudo aquilo que se compreende como algo negativo está presente nas definições que damos para as coisas, nas ações e na própria "coisa".
Quando relacionamos mal com maldade, é possível percebê-lo tanto na esfera pessoal, como social.
Kant dizia que o ser humano tinha uma disposição original para o bem, mas um propensão para o mal.
Hannah Arendt retoma o pensamento kantiano e vai dizer que a questão do mal não é uma questão ontológica (do ser), mas sim, algo da história e da polítca.
Tudo isso avança tanto que inclusive há a Ponerologia - estudo da ciência do mal adaptada a propósitos políticos.
Os pesquisadores Delroy Paulhus e Kevin Williams fazem menção de uma tríade do mal: egocentrismo, maquiavelismo e psicopatia - que pode incluir o "sadismo cotidiano" - semelhante aos trolls da internet.
Para eles, o maquiavelismo parece receber uma influência maior do ambiente do que por componente genético, como nos outros dois elementos.
Em outros versos, a sociedade é que ensina alcançar algo bom, fazendo o mal.
Nas pesquisas também descobriram que os indivíduos notívagos possuem uma tendência maior de características relacionadas com a maldade.
Novas pesquisas nos eixos de "maquiavelismo moral" e "narcisismo comunitário" estão sendo realizadas.
Mas, não temos tanta pretensão aqui neste post, pois nosso objetivo é criar uma base para refletir sobre a maldade e como ela pode ser encarada no contexto da inteligência social.

O QUE DEVEMOS CONSIDERAR E FAZER

Portanto, a questão é desafiadora e exige de cada um de nós.
E, se você parar um pouco para pensar no que já foi dito, será possível observar que a maldade que cresce dentro de cada indivíduo, cresce também fora dele.
E, ainda, que se de fato assumirmos as tendências internas do ser humano (Kant) e as construções históricas e políticas da maldade (Hannah Arendt), não devemos brincar com más intenções que sustentam atitudes e comportamentos.
Ninguém gosta de sofrer com as intenções maliciosas de outras pessoas!
E, para minimizá-la é necessário tanto o autoconhecimento do indivíduo acerca de seus valores e práticas, como a iniciativa de construir o bem genuinamente comum e não interesseiro, inconsequente e individualista.
Se é válida a campanha que dizia "gentiliza gera gentiliza", também é válida a realidade de que "maldade, gera maldade".
Quando você faz mal para alguém há uma grande chance deste mal atingir outras pessoas e ainda voltar para você em outro tempo de outra forma.
Por fim, lembre-se que seus filhos estarão no mundo de amanhã, a semente do bem precisa ser cultivada hoje.
A maldade humana pode assumir proporções terríveis, pode tornar-se maldade mecânica, abrangente e totalmente inconsequente - maldade dobrada e automatizada.
A maldade humana não pode ser negligenciada em termos de confronto para construção de um mundo melhor.
Pense sobre isso, viva a vida conservando e cultivando o bem e aproveite cada segundo que ela oferece com toda sua grandeza.


Muito sucesso em sua jornada de vida - vida de bem, que brinca com o bem!!!
Ederson Menezes (licenciado em sociologia, esp. em educação e mestre em práticas socioculturais e desenvolvimento social - palestrante-coach - www.edersonmenezes.com.br).

Veja o vídeo abaixo para ampliar sua compreensão...


Palestrante Social e os Desafios do Desenvolvimento Social

http://edersonmenezes.com.br/index.php/2019/04/02/palestrante-social-desafios-do-desenvolvimento-sociocultural/