segunda-feira, 6 de agosto de 2018

Sobre o Empoderamento do Eleitor e do Cidadão



A QUESTÃO DO EMPODERAMENTO


Esta manhã uma reportagem apresentou um candidato experiente na cultura e jornada política brasileira.

Mas como sempre, o que interessa realmente é o que ele disse ao repórter quando questionado sobre sua proposta de campanha e governo.

O candidato enfatizou que fazia parte de sua proposta O EMPODERAMENTO DO LEITOR.

Você sabe o que é empoderamento do eleitor e o qual a diferença em relação ao empoderamento do cidadão?

EMPODERAMENTO DO ELEITOR


Imediatamente recorreu o seguinte questionamento: o que significa empoderamento do eleitor?

Não há como dar mais poder para o eleitor, pois ele já tem todo poder possível, adquirido pelo poder do voto. 

A única coisa a se fazer ainda é a qualificação do eleitor, para que vote com maior consciência e não despreze o poder que possui.

Qualificar para que o cidadão não venda seu voto, para que não acredite em discurso sem fundamento e para que não limite sua atuação cidadã ao votar, apesar da importância que este ato possui.

EMPODERAMENTO DO CIDADÃO


Agora, o discurso ou proposição deste candidato deveria sim incluir de forma muito mais enfática o empoderamento do cidadão. Isto sim!

Pois, o empoderamento do cidadão significa estímulo para uma cidadania consciente e ativa, participativa. 

É esta realidade cidadã que ao invés de restringir-se as eleições vai fazer diferença durante todo o período. Desde a eleição até o momento em que o candidato eleito ocupa sua posição representativa.

É esta realidade que faz com que o cidadão não fique estagnado esperando uma próxima eleição, prezo a cultura da tentativa-erro, como se estivesse participando de um jogo apostando na sorte.

A aparente proximidade conceitual entre empoderamento do eleitor e empoderamento do cidadão não deve confundir o cidadão.

Sim, é verdade que o empoderamento do cidadão constitui nosso maior desafio. Exatamente porque a história brasileira já experimentou inúmeros desvios desde a escravidão até o direito do voto para todos os cidadãos. 

Mas esta cultura de que tudo se resolve em eleição como se fosse uma aposta lotérica precisa ser superada com cidadãos integrados que falem, cobrem e participem com todo poder que sua cidadania permite.

É essencialmente este empoderamento do cidadão que tem articulado as mudanças mais significativas para a sociedade brasileira, para o povo.

É essencialmente este empoderamento que afasta o político corrupto da oportunidade de manter sua "carreira" que restringe-se ao discurso de campanha e depois aos interesses particulares.

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Ederson M. Menezes (teólogo, licenciado em sociologia, esp. em educação, mestre em práticas socioculturais e desenvolvimento social).

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